Crimes que desafiaram a segurança pública em Goiás

Eles desafiaram as forças de segurança em Goiás

Assim como a perseguição a Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, que tem chamado a atenção de todo País para Goiás por conta da operação de diversas forças policiais para encontrar o criminoso, outros casos de repercussão já mobilizaram aparato e pessoal para serem resolvidos no Estado. Em um dos casos, entre 1998 e 1999, o cantor e ex-político Wellington Camargo chegou a ficar 94 dias sob o poder de bandidos.


Outra história que chamou a atenção ocorreu dez anos antes, em 1989, quando um menino de 9 anos, filho de um advogado, foi sequestrado. Said Agel Filho foi levado pelos criminosos do Paraná que pediram, na época, 500 mil cruzados novos (o equivalente a cerca de R$ 6 milhões). A partir daí o caso parecia mais roteiro de filme. Os pais chegaram a receber um saco com munição de revólver e um bilhete com o pedido do resgate, que deveria ser deixado no letreiro do Shopping Flamboyant.


Dois dos sequestradores morreram em confronto com a polícia, que chegou ao cativeiro, que ficava no Jardim América. Mas os criminosos receberam os policiais com granadas e metralhadoras. A polícia não conseguiu estourar o cativeiro e partiu para negociações. Até o governador da época, Henrique Santillo, participou das conversas. Três jornalistas se ofereceram em troca do menino e os sequestradores aceitaram. Depois disso eles fugiram, liberaram as reféns no caminho e nunca foram presos.



Um ano antes, Goiás foi palco do final de um caso que poderia ser trágico. Um desempregado de 28 anos, que creditava sua situação de miséria ao presidente José Sarney, sequestrou um avião depois que fez escala em Belo Horizonte, matou o copiloto e obrigou o piloto a seguir para Brasília. A intenção era que a aeronave fosse arremessada contra o Palácio do Planalto. O piloto negociou com o criminoso e o convenceu a pousar em Goiânia. O sequestrador foi baleado ao descer da aeronave e morreu dias depois.


Mais recentemente, em 2014, o serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha foi preso e confessou 39 mortes. Ele já foi condenado a mais de 600 anos de prisão pelos crimes julgados. O autor dos crimes trabalhava como vigilante no Hospital Materno Infantil e praticava os crimes usando uma motocicleta e simulando assaltos. Na época, áudios de mulheres comentando as semelhanças dos crimes e a existência de um matador em série era refutado pelas investigações. Ele foi preso e afirmou que uma voz o mandava matar.


  • Expediente

    Edição

    Michel Victor Queiroz e Rodrigo Hirose

    Texto e Roteiro

    Cristiane Lima, Lucas Xavier e Michel Victor

    Editores Executivos
    Fabrício Cardoso e Silvana Bittencourt


    Imagens

    Cedoc Grupo Jaime Câmara

    Design

    Marco Aurélio Soares


    Share by: