Por Luiz Phillipe Araújo e Lucas Xavier
Por dificuldade com o agendamento, falta de dinheiro para pagar o transporte ou por desinformação que causa medo e desconfiança. Estas são algumas das questões apresentadas por moradores de regiões periféricas de Goiânia que ainda não tomaram a vacina contra a Covid-19. A dificuldade de acesso é o principal motivo citado por aqueles que, apesar de quererem, ainda não puderam receber ao menos uma dose de proteção contra o coronavírus.
O avanço da campanha na capital está desigual, concentrando os piores índices de cobertura nas regiões Oeste e Noroeste, conforme levantamento feito pela Prefeitura de Goiânia há um mês. Em visita do POPULAR aos bairros Parque Santa Rita, Residencial JK e Orlando de Morais, que ficam na periferia, entre 46 entrevistados maiores de 18 anos, 25 disseram ainda não ter recebido a primeira dose, seja por falta de acesso ou por desinformação.
Durante entrevista ao POPULAR, o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Yves Mauro Ternes, informou que a SMS estuda implementar a vacinação por demanda espontânea em toda a cidade. O superintendente explica que a preferência pelo aplicativo se deu para tornar a campanha mais organizada, estratégia considerada efetiva por Yves.
“Boa parte da população está usando o aplicativo e conseguindo fazer o agendamento, mas ainda há uma parcela importante que precisa ser alcançada”, diz Yves, que pondera acreditar que a questão de acesso representa a minoria dos que ainda não tomaram a vacina.