O médium João Teixeira de Faria, de 76 anos, o João de Deus, prestou depoimento por cerca de duas horas, na manhã desta quarta-feira (26), para a força-tarefa do Ministério Público do Estado de Goiás, que investiga denúncias de abuso sexual supostamente praticados por ele. Ao sair da sede do MP-GO, o advogado Alberto Zacharias Toron, defensor do líder espiritual, disse que ele negou todas as acusações e não reconheceu nenhuma das mulheres. “Exceção para uma que lhe soou familiar, mas ele acabou não se lembrando dela”, afirmou.
Durante o depoimento, o médium, de acordo com Toron, ressaltou que atendia muitas pessoas e seria impossível se lembrar das mulheres pelo nome. João de Deus respondeu todas as perguntas feitas pelos promotores Luciano Miranda Meireles e Paulo Eduardo Penna Prado. Sobre as armas, a defesa falou que se tivesse sido perguntado responderia, mas nesse inquérito apenas tratou da prática dos supostos abusos.
Toron também comentou sobre o pedido de liberdade impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) e que será analisado pelo ministro e presidente do órgão Antônio Dias Toffoli. “Ele preferiu pedir mais informações e enquanto elas não chegarem ele não decidirá a matéria”.
Sobre o novo pedido de prisão preventiva, o criminalista afirmou que está aguardando que o primeiro pedido de Habeas Corpus seja analisado para em seguida discutir os próximos passos.